Simulado nacional testa funcionamento das urnas na preparação para as eleições 2026
TRE-SP participa de análise que verifica os componentes físicos das máquinas; evento é diferente do Teste Público de Segurança (TPS), que tem foco no software e na segurança contra ataques ao sistema eletrônico de votação

Em uma iniciativa contínua para garantir o pleno funcionamento das urnas eletrônicas nas eleições de 2026, a Justiça Eleitoral paulista participa, a partir desta segunda (18), do 16º Simulado Nacional de Hardware. O teste organizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) busca verificar o desempenho das máquinas, mapear eventuais inconsistências operacionais e assegurar a conformidade técnica com os requisitos exigidos para a votação, a fim de identificar possíveis soluções a tempo de uma eleição oficial. Um dos pilares da preparação para o pleito, o simulado vai analisar os componentes físicos (hardware) das urnas, diferentemente do Teste Público de Segurança (TPS), que tem foco no software e na segurança contra ataques ao sistema eletrônico de votação.
Atualmente, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) armazena 114.587 urnas, sendo 76,8% delas dos modelos 2020 (44.816 máquinas) e 2022 (43.255), mais rápidos e modernos. Ainda há 22.587 equipamentos da versão 2015 e outros 3.929 fabricados em 2013. Desse montante, 29.247 urnas (25,5% do total) estão na cidade de São Paulo, que conta com mais de 9,3 milhões de eleitoras e eleitores. Na 16ª edição do simulado de hardware, que também mobiliza outros tribunais eleitorais do país, será testada uma amostra de 4% das máquinas do estado de São Paulo. As urnas são escolhidas de forma aleatória, desde os modelos mais antigos em uso até os mais recentes.
Após a seleção, os equipamentos recebem carga e são preparados para uma votação simulada. Durante o procedimento, são testados itens como o terminal do eleitor e do mesário, a tela da urna, o leitor biométrico, o teclado numérico e a impressora do Boletim de Urna (BU). O objetivo é verificar se o uso contínuo dos aparelhos nas mesmas condições de um dia normal de votação pode gerar algum tipo de desgaste ou mau funcionamento. Eventuais ocorrências ou falhas detectadas nos testes são catalogadas e passam pela análise do TSE. A partir desse registro, é possível, por exemplo, determinar manutenções corretivas, substituição de peças e até mesmo o aprimoramento em futuros projetos das urnas.
Teste Público de Segurança (TPS)
A realização de simulados preventivos é fundamental para que, no dia da eleição, o número de urnas que eventualmente apresentem problemas e precisem ser substituídas seja o menor possível, garantindo a fluidez da votação. Além dessas verificações, a Justiça Eleitoral realiza o Teste Público de Segurança (TPS), que foi instituído para fortalecer a transparência e segurança nos processos de geração de mídias, votação, apuração, transmissão e recebimento de arquivos por meio do sistema eletrônico de votação. O TPS integra o ciclo de transparência do TSE, em que é dada oportunidade às entidades fiscalizadoras legitimadas de inspecionar e auditar as urnas e os sistemas eleitorais. O calendário do TPS dos Sistemas Eleitorais 2025 pode ser consultado nesta página.
O simulado das urnas e o TPS são apenas algumas das atividades desenvolvidas pela Justiça Eleitoral em ano sem eleições. O cadastramento de eleitores, o planejamento de locais de votação, a tramitação e julgamento de processos também estão entre as ações realizadas de forma contínua pelo TRE-SP para garantir o encontro dos eleitores e eleitoras com a urna em outubro do próximo ano.