EJEP, democracia e eleições

Ação de cidadania no CIEE

Para a filósofa italiana Nadia Urbinati, a democracia é um tipo de governo que nunca está acabado: ela sempre pode ser modificada. Para a estudiosa, não há fórmula mágica que leve a um mundo ideal, pois isso não é possível em nenhuma área de nossas vidas, e não é diferente na política. É com esse recado - de que somos seres em construção e temos que lutar para sermos fiéis a nossos valores e pensar em que país queremos viver - que a equipe da Escola Judiciária Eleitoral Paulista (EJEP), mais uma vez,  esteve  no Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), palestrando para um grupo de aproximadamente trinta pessoas, na tarde de 23 de abril.

A equipe EJEP começou contando sobre o nascimento da democracia, nas  ágoras (praças públicas) de Atenas,  e que esse regime de governo se tornou aquele sob o qual vive hoje 56% da população mundial. Foi dito, ainda, que, ao longo da história, a legitimidade para governar era advinda de pessoas que se julgavam deuses ou, num acesso de modéstia, representantes de Deus. Muitas lutas foram travadas para se chegar ao voto, mas, ainda assim, era bastante restrito, como o voto censitário e a proibição das mulheres se manifestarem politicamente, por exemplo. Hoje, destacou a EJEP, a democracia é um valor mundial.

Com vários imigrantes na plateia, foi mencionada a formação do Estado brasileiro em relação à diversificação da sua gente. Cidadania – foi dito -  significa, justamente, o conjunto de membros dessa sociedade com direitos e com o poder de  decidir o destino da nação. Depois de citar os direitos civis e sociais, a EJEP passou a explicar os direitos políticos, principalmente o direito ao voto.

Logo em seguida, depois de expor sobre a urna eletrônica e biometria, a explanação foi sobre a importância do voto consciente, afinal, avanços tecnológicos por si só não garantem bons governantes.

Para concluir a empreitada, todos os presentes puderam fazer uma votação simulada para prefeito na urna eletrônica, escolhendo entre candidatos fictícios.

Uma das presentes, uma haitiana, ouviu atentamente a palestra, votou e quis saber como vir a ser uma eleitora no Brasil, no futuro. Muitos fizeram perguntas sobre a segurança da urna e  ficaram curiosos para saber, ao final, o resultado da eleição, quando foi mostrado o boletim de urna.