Urnas eletrônicas: 25 anos de serviços prestados à cidadania
Avanço tecnológico coloca sistema brasileiro de votação como um dos mais moder-nos do mundo
Utilizadas pela primeira vez nas eleições municipais de 1996, as urnas eletrônicas completam 25 anos de serviços prestados à cidadania brasileira, garantindo ao eleitor que o voto digitado é o voto apurado. Para o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), des. Waldir Sebastião de Nuevo Campos Junior, é inegável o avanço proporcionado pela urna eletrônica para quem viveu o processo eleitoral desde a época das cédulas de papel.
O processo de modernização do sistema eleitoral brasileiro começa efetivamente em 1986 com a criação do cadastro eletrônico eleitoral, que reuniu os dados do eleitorado em um sistema único. Dez anos depois, a chegada das máquinas de votar complementou o avanço ao trazer uma legitimidade ainda maior. “Até hoje, nós não tivemos a demonstração de qualquer fraude no sistema”, afirma o desembargador.
Durante o processo para a concepção da urna eletrônica, a Justiça Eleitoral teve o cuidado de convidar grandes profissionais da área da tecnologia da informação para participar do projeto. Dois eram os pilares básicos: a simplicidade e a segurança. A simplicidade foi alcançada ao reproduzir o teclado numérico que os telefones fixos de então utilizavam e que era de fácil entendimento. A segurança foi obtida com um sistema no qual a urna funciona isolada no momento das eleições, em que a única conexão existente é com a energia elétrica. E a falta de energia também não impede a votação, pois é suprida por baterias internas.
No que diz respeito ao resultado dos pleitos, o sistema eletrônico de votação significou um avanço. Se antes, com o voto em cédula, a apuração poderia demorar dias, senão semanas, a partir do ano 2000, quando todos os municípios passaram a usar a urna eletrônica, o resultado é revelado horas depois do fim da votação com a transmissão dos dados.
A mais recente evolução promovida pela Justiça Eleitoral no Brasil, a biometria, que identifica o eleitor pelas digitais, trouxe ainda mais segurança. “A identificação biométrica afasta de vez a possibilidade de distorções durante o processo de votação”, conclui o presidente do TRE-SP.