Nesse domingo (30) do segundo turno das Eleições 2022, o Teste de Integridade das Urnas Eletrônicas demonstrou mais uma vez a perfeita correspondência entre os votos nas cédulas de papel e o resultado registrado pelas 33 urnas selecionadas para a auditoria. O procedimento ocorreu no Centro Cultural São Paulo (CCSP), em 27 urnas, e na Unip - Paraíso, em outras seis, que fizeram parte do projeto-piloto com biometria com eleitoras e eleitores voluntários.

O teste com biometria teve a participação de 384 pessoas voluntárias, número bem maior que no primeiro turno, em que houve o registro de 178. “Essa é mais uma forma de a sociedade participar conosco. É um momento de grande satisfação para nós da Justiça Eleitoral, que procuramos cumprir nosso dever da melhor forma”, celebrou o desembargador Encinas Manfré, coordenador do projeto-piloto com biometria.

Coordenador do Teste de Integridade no CCSP, o juiz Regis de Castilho, salientou a importância do procedimento, que já ocorre há 20 anos. “O Teste de Integridade é um trabalho que vem sendo feito desde a adoção do sistema eletrônico, sempre legitimando a votação, e que, a cada eleição, vai sendo aprimorado, assim como a legislação eleitoral. Podemos dizer que hoje temos um panorama de amadurecimento institucional e de respeito internacional”, concluiu.

No período da manhã, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, e o presidente do TRE-SP, desembargador Paulo Galizia, estiveram nos dois locais. O desembargador ressaltou a participação expressiva de eleitores até aquele momento e explicou que a única diferença entre as duas auditorias é que, no caso do projeto-piloto, é necessário que o eleitor se disponha a ceder a sua biometria.

Segundo o presidente do TSE, as eleitoras e os eleitores participam do teste porque confiam na lisura das urnas eletrônicas e querem contribuir com a Justiça Eleitoral para, “de uma vez por todas, acabar com essas notícias criminosas sobre fraude nas urnas.”

O Teste de Integridade é uma auditoria da Justiça Eleitoral para confirmar a segurança da urna eletrônica. Representantes das entidades fiscalizadoras preenchem cédulas de papel com votos em candidatos oficiais, as quais são depositadas em urnas de lona e lacradas no sábado, véspera do pleito. No dia da eleição, durante o horário de votação (das 8h às 17h), servidores do Judiciário e do Ministério Público retiram as cédulas de papel das urnas de lona, digitam os votos em um computador e, na sequência, na urna eletrônica. Todo o processo é filmado e, ao final da votação, os resultados de ambas as urnas são comparados, comprovando que são os mesmos. Esses votos da auditoria não são contabilizados na eleição. Neste ano, o número de urnas que passou pelo Teste de Integridade foi ampliado de 5 para 33.

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