Estrutura envolvida nas Eleições 2022, organização da Justiça Eleitoral, acessibilidade e alistamento. Esses foram alguns dos temas tratados pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), des. Paulo Galizia, na aula de encerramento do curso Eleições e Campanhas Eleitorais 2022: Legislação e Aspectos Técnicos, nesta quinta-feira (23). O curso, realizado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), foi direcionado para atender a demandas dos envolvidos no processo eleitoral: candidatos, partidos políticos e advogados.

Durante a aula, Galizia destacou o tamanho da estrutura e o contingente de colaboradores nas Eleições 2022. Segundo ele, as eleições no Estado de São Paulo contarão com aproximadamente 500 mil pessoas envolvidas no processo e mais de 100 mil urnas distribuídas entre as seções eleitorais, sendo uma urna por seção. Desse total de seções, 30 mil são acessíveis, oferecendo todos os recursos de acessibilidade necessários para que o eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida vote com facilidade. "Temos muita preocupação com a acessibilidade e estamos sempre tentando tornar o voto mais simples e seguro para o eleitor", ressaltou.

O presidente abordou ainda o sucesso da campanha do Jovem Eleitor no final de alistamento, concluído em 4 de maio. "O alistamento foi um sucesso da nossa gestão. Cerca de 400 mil novos alistamentos foram realizados, trazendo mais eleitores para exercer o direito ao voto". Ele pontuou também a importância dos excluídos digitais para o sucesso do alistamento. Por meio do projeto Parceria Cidadã, iniciativa do TRE-SP, o eleitor que mora em município sem cartório eleitoral e não acessa à internet pôde ir à prefeitura conveniada para solicitar on-line os serviços eleitorais.

Ao longo da aula, Paulo Galizia explicou as características híbridas da Justiça Eleitoral, que concentra as funções administrativa, jurisdicional, consultiva e normativa; diferenciando-se de outros órgãos do Judiciário. Ele lembrou também do contexto de criação da Justiça Eleitoral, que surgiu da necessidade de se criar um órgão neutro, sem qualquer vínculo político, para implementar um sistema eleitoral sério.

Para as Eleições 2022, o presidente reafirmou a sua confiança na Justiça Eleitoral. "Confio muito em nossa estrutura que vem funcionando há muitos anos. O TRE está plenamente hábil a realizar o pleito", concluiu.

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