Presidente do TRE-SP aborda efeitos da desinformação em evento do MP

O encontro contou também com a participação do professor Eugênio Bucci

Desinformação e notícias falsas em período eleitoral: limites éticos e jurídicos

"Desinformação e notícias falsas em período eleitoral: limites éticos e jurídicos" foi o tema do evento realizado pela Procuradoria Regional Eleitoral no Estado de São Paulo (PRE-SP), nesta quinta-feira (7), e transmitido pelo YouTube.

O presidente do TRE- SP, des. Paulo Galizia, abordou em sua apresentação os efeitos negativos gerados pela desinformação, destacando que o processo eleitoral é um período curto, o que dificulta que a verdade seja restabelecida em tempo hábil, contaminando o debate eleitoral.

Galizia explicou o risco para a democracia, representado pela divulgação maciça dessas informações falsas, na medida em que deturpam a realidade e interferem no contexto social: “No que diz respeito ao processo eleitoral, o risco representado pela ameaça à reputação da Justiça Eleitoral pode gerar a impressão de que o sistema não funciona e isso é muito ruim para o eleitor. A perda de confiança nesse instrumento da democracia e essa mera desconfiança do sistema é maléfico”.

O professor da USP e jornalista Eugênio Bucci apontou que as notícias fraudulentas têm mais de 70% de chances de difusão, pois apelam para os aspectos mais emocionais e vibrantes, o que acelera a propagação desse tipo de comunicação. "Já a notícia real é racional", destaca.

Ele apresentou a diferença conceitual entre fake news e desinformação: “Para que haja fake tem que haver antes news. Fake news é a falsificação da forma notícia. Parece ser uma notícia jornalística mas não é, e é ela que conduz a falsificação do conteúdo, explica. Por outro lado, Bucci afirma que a desinformação “é algo mais amplo, é uma estratégia de cortar os laços entre a consciência do cidadão e as condições reais de existência”.

Combate à desinformação

Como forma de combater a desinformação nas eleições 2022, Paulo Galizia aposta em três pilares: união das instituições (judiciário, procuradoria, universidades, imprensa, OAB); aplicabilidade da legislação eleitoral com rigor, mas sem ferir a liberdade; e o estímulo à educação do eleitor.

Galizia alertou que a Justiça Eleitoral deve “apostar na educação e estimular o olhar crítico do eleitor. Trazer responsabilidade para cada indivíduo para que cheque a informação antes de compartilhá-la. Temos que convidar o eleitor e despertar essa responsabilidade individual“, concluiu.

O evento foi coordenado pela procuradora regional eleitoral em São Paulo, Paula Bajer, e contou com a participação do vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco, e do procurador regional eleitoral substituto, Paulo Taubemblatt.

 

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